Quem trabalha com informática sabe como é. Um dia você entrega uma coisa sem terminar de implementar por correria, por “daqui a pouco eu faço” e passa 3 meses. Aí lá pelas tantas alguém fala “o recurso tal não está funcionando” e quando você corre no código, tá lá

// todo: implementar

Nunca aconteceu nem irá se repetir comigo, é claro. Mas por acaso eu fui ver uma rotina que eu tinha feito no Make.com e fiquei impressionada com a minha habilidade de resolver rapidamente algo que sempre me deu dor de cabeça.

Diferente das outras vezes, dessa eu sabia exatamente quais módulos usar e porquê. Tudo fez sentido, e em 10 minutos o fluxo estava funcionando.

O que mudou? Um curso inteiro. Fiz a Make Academy inteira porque ia dar um curso, eu mesma, de Make. Depois disso meu uso diminuiu muito e acabei não colocando tudo em prática imediatamente.

O conhecimento, entretanto, ficou aqui, dormente, esperando o momento certo para emergir, tal qual um pokémon na pokébola.

Estava falando pro Eduardo o quanto meu inglês melhorou nos últimos 4, quase 5 meses. Hoje penso e escrevo com muito mais facilidade. Consigo me expressar muito melhor e não tenho tanto medo de ir trabalhar. Eu disse pra ele como eu fiquei surpresa com a expansão do meu cérebro nesses meses e ele disse:

Bem, o conhecimento já estava aí. Você só o trouxe pra superfície.

Às vezes a gente acha que tá perdendo tempo na vida, ou está atrasado. Que perdeu anos fazendo um curso “errado”. Às vezes, o que traz o diferencial no seu trabalho na hora de se realocar, é justamente esse conhecimento de outra área — ainda mais nos dias de hoje, que não existe mais isso de ficar anos e fazer carreira em um lugar só. Uma referência de um filme, série, obra de arte enriquece. Muda a perspectiva. Traz para a superfície.

Viver é coletar confetes de momentos.